O que acontece quando um Ford Focus bate em uma parede a 193 km/h?

O que acontece quando um Ford Focus bate em uma parede a 193 km/h?

Por Marina Jankauskas

Foi essa pergunta que a equipe do programa britânico Fifth Gear quis responder. E tudo começou com uma questão: se o seu veículo de passageiros normal consegue alcançar uma velocidade máxima de aproximadamente 200 km/h, o que aconteceria se ele colidisse com outro veículo similar, que se aproximasse à mesma velocidade?

Para resolver esse “mistério”, nada melhor do que o bom e velho método de acelerar um Ford Focus até uns 193 km/h e fazê-lo colidir com tudo em um objeto fixo (no caso, uma boa e velha parede). Ao fazer isso, caros leitores, eles conseguiriam ver, na prática, os mesmos efeitos de uma colisão de dois Focus, ambos rodando a uma velocidade próxima à sua máxima.

Você provavelmente sabe o que virá em seguida: um fantástico estrondo, no melhor estilo Big Bang. E você está certo. Mas é quase impossível não se surpreender com o estado lamentável em que fica o pobre Focus. Se pudéssemos definir, seria algo parecido com “panqueca de automóvel”.

ATUALIZAÇÃO: Segundo a reportagem do próprio programa Fifh Gear, o choque do Focus contra a barreira fixa de concreto “equivale a colisão entre dois carros, de frente, enquanto ambos viajam a 120 mph (193 km/h)”. Os resultados são equivalentes pelos efeitos da desaceleração, da absorção do impacto e da não-deformação da barreira. Os testes realizados pelo instituto Euro NCAP com barreiras de alumínio deformáveis já simulam a colisão frontal parcial entre dois veículos em velocidade equivalente. Só que, neste caso, como a barreira absorve parte do impacto, a velocidade aplicada (64 km/h) é reduzida no choque hipotético entre os veículos (para 55 km/h). Sobre os conceitos de velocidade relativa e referencial inercial levantados nos comentários, vale calcular que, no teste do programa de TV, apenas o veículo absorve a energia do choque, já que a barreira (de massa superior à do Focus) permanece imóvel. Ou seja, nesta experiência televisiva, vale a Terceira Lei de Newton 

Fonte: Auto esporte